"Chega mais perto e contempla as palavras, cada uma tem mil faces secretas.”

Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O valor da moeda social

Recentemente na faculdade cursei a disciplina de Comunicação Comunitária e a proposta da última atividade era que grupos de alunos visitassem alguma entidade sem fins lucrativos (ONG’s, Associação de Moradores, entre outros) e oferecessem um projeto de mídia para a divulgação desses lugares. Escolhemos o Banco Palmas não só pela longa trajetória na busca do desenvolvimento, mas também para mostrar que em uma comunidade pobre não existem somente bandidos, armas, mortes e tráfico de drogas. O Conjunto Palmeiras, mesmo com suas mazelas sociais, é um exemplo de economia.


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O Conjunto Palmeiras é um bairro localizado na periferia de Fortaleza. Os moradores mais antigos contam que foram eles mesmo que construíram o bairro, realizando mutirões para erguer casas, fazer calçadas e ruas. Desde o inicio eles são unidos pela melhoria da comunidade e foi sob essa perspectiva de desenvolvimento que surgiu o Banco Palmas, que tem como foco o desenvolvimento socioeconômico do bairro, gerando trabalho, emprego e renda dentro dos princípios e valores da Economia Solidária, ou seja, o de se consumir tudo o que se é produzido no Palmeiras.
Foi criado então a moeda social – Palma, e foi através dela que a economia do bairro se solidificou e desenvolveu. A medida com que os moradores passavam a conhecer a moeda, as mudanças começavam a acontecer. Cada Palma equivale a R$ 1. Os moradores conseguem a moeda com o próprio trabalho ou com empréstimo do Banco Palmas. Antes para se cortar o cabelo, comprar carne, fazer compras, pagar contas, entre outras coisas, era necessário ir ao bairro vizinho, o que gerava descontentamento entre os moradores. Com a implementação da moeda social isso não foi mais necessário, visto que, todas essas atividades poderiam ser realizadas no próprio bairro incentivando o comercio local e desenvolvendo a economia solidária.
A visão dos fundadores do banco foi muito além do que a simples criação de uma moeda, mas a inclusão de uma comunidade, tida como marginalizada, dentro do contexto geral de uma sociedade. O Banco Palmas juntamente com a Associação de Moradores do Conjunto Palmeiras promovem e incentivam a capacitação dessas pessoas para que haja a inserção delas nesse cenário de coletividade. Hoje, a integração da comunidade com o Instituto Palmas e com o Banco Palmas é total, e é através dessa forte parceria que as melhorias no bairro são constantes. Os moradores já se habituaram com a utilização da moeda e com o sentido que ela carrega, e fazem questão de continuarem a ser um exemplo nacional de Economia Solidária. 


 



sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Arrumando as prateleiras do preconceito

Estava arrumando minha prateleira de livros quando encontrei o livro Preconceito Linguistico do Marcos Bagno e um filme passou na minha cabeça. Lembrei de todo o contexto que o autor expôs e uma chuva de pensamentos me veio na cabeça, então corri, peguei lápis e papel e comecei a escrever...
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Esse é o meu modo de ver como o preconceito linguisto acontece, não sou contra a gramatica e nem contra as normas gramaticais, só percebi que podemos ir bem mais além do que já foi imposto. Os gramaticos e simpatizantes....as minhas desculpas, caso discordem do meu ponto de vista.




Falar sobre o livro Preconceito Linguistico do sensível Marcos Bagno é algo prazeroso, pois venho vivenciando o que ele relata tão bem. Vivemos em uma sociedade de aparências que luta contra a sua própria identidade. O Brasil apesar de ter sido colonizado por Portugal, cultivou também os costumes de outras nações que por aqui passaram, o resultado foi um misto de todas elas. Diante de tantas linguagens que temos, poderíamos ser bem mais ricos culturalmente, termos um vocabulário enorme, uma variedade linguística, mas na realidade nada disso acontece e estar muito longe de acontecer. O ensino tradicional e as gramáticas normativas estão ai para nos impor o que é certo e o que é errado, não levando em consideração que as pessoas evoluem, que a linguagem muda, que as vivências aparecem, que surgem a todo instante uma nova expressão, uma nova palavra, uma nova maneira de ver o mundo. Quem não se adequa a essas normas é taxado e rotulado de que não sabe falar e tampouco escrever. Geralmente ocorre com os pobres, que são os que menos têm acesso a educação. E justamente por não terem acesso a educação das gramáticas, acabam “aprendendo” no dia a dia a leitura e a escrita necessárias para a sobrevivência. A norma culta apareceria com o intuito de igualar a sociedade fazendo com que todas as pessoas falassem e escrevessem da mesma forma, mas o que aconteceu foi a desigualdade de classes, onde os ricos são os detentores do saber e os pobres são a vergonha da sociedade porque não sabem de nada. A escola com seu ensino tradicional, com seus professores e métodos retrógrados, com suas gramáticas indecifráveis tentam “empurrar” aos seus alunos todas as regras, siglas, nomenclaturas e definições de uma língua que não é a deles, por isso muitos alunos se queixam que português é difícil, que não entendem nada. Também podera! Tão mais fácil seria ensinar de acordo com o cotidiano, com a vivência de cada um, com as experiências adquiridas, assim não teríamos esse estigma da nossa língua e não sofreríamos preconceitos por nós mesmos e pelos de fora.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Estou voltando mais uma vez....

"Eu voltei!
Agora prá ficar
Porque aqui!
Aqui é meu lugar
Eu voltei pr'as coisas
Que eu deixei
Eu voltei!"
Composição: Roberto Carlos / Erasmo Carlos

Bem, é citando e ao mesmo tempo cantando essa tão conhecida música desses renomados cantores, que anuncio a minha volta!! hehehe!! Só espero que dessa vez eu consiga permancer continuamente! *__*
Feliz em ver a vida da minha janela novamente!