Nossa base é esse chão
de onde vem o sustento, o alimento
colocando em cada mesa o alento
e aliviando mais uma noite sem fome.
A seca teima em castigar, nos fazendo esperar
pela chuva que não vem, pela ajuda de outrem,
mas a esperança renasce e nos faz acreditar
que esse solo é sagrado, e que apesar de martirizado
somos um povo destemido, ousado
lutando bravamente para sobreviver
até o último suspiro de vida
nos tornar grãos de volta à terra
essa mesma terra que nos fez nascer.
As fotos estão lindas!
ResponderExcluirE o texto, lembrou um texto meu que postei há pouco tempo, que também falo do chão. E o chão carrega uma bagagem conotativa incrível e pouco utilizada ao mesmo tempo.
típico tema nordestino, dei valor!
ResponderExcluirPois é, como o Guto disse, o chão tem toda uma carga simbólica e é pouco usada, só fui perceber no poema dele, e agora no seu. Bem interessante, nossa terra que fornece a maioria das coisas que faz esse ciclo continuar. Aliás, cíclico é a palavra que encontro para o poema, e como boa nordestina, falando de seca ao menos uma vez. Muito bom o poema.
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