"Chega mais perto e contempla as palavras, cada uma tem mil faces secretas.”

Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Terra


























Nossa base é esse chão

de onde vem o sustento, o alimento

colocando em cada mesa o alento

e aliviando mais uma noite sem fome.

A seca teima em castigar, nos fazendo esperar

pela chuva que não vem, pela ajuda de outrem,

mas a esperança renasce e nos faz acreditar

que esse solo é sagrado, e que apesar de martirizado

somos um povo destemido, ousado

lutando bravamente para sobreviver

até o último suspiro de vida

nos tornar grãos de volta à terra

essa mesma terra que nos fez nascer.


3 comentários:

  1. As fotos estão lindas!

    E o texto, lembrou um texto meu que postei há pouco tempo, que também falo do chão. E o chão carrega uma bagagem conotativa incrível e pouco utilizada ao mesmo tempo.

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  2. Pois é, como o Guto disse, o chão tem toda uma carga simbólica e é pouco usada, só fui perceber no poema dele, e agora no seu. Bem interessante, nossa terra que fornece a maioria das coisas que faz esse ciclo continuar. Aliás, cíclico é a palavra que encontro para o poema, e como boa nordestina, falando de seca ao menos uma vez. Muito bom o poema.

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